A NOSSA HISTÓRIA
Segundo ele:
Antes mesmo de começar a lhe contar a nossa história, deixa eu dar um contexto: durante os meus anos de faculdade, a 'turma' era - como se diz aqui em Minas - muito custosa. Eles costumavam chegar na mulherada com cantadas não lá muito elaboradas, mas com muita criatividade e sempre, sempre com muito humor. Dentre muitas, uma das mais usadas/famosas era: "Olá gata, o que você faz da vida, além de sucesso?". Você está rindo? Isso funcionou para alguns de nós com uma 'taxa de retorno' impressionante! Mas... é assunto para outra hora! Guarda essa info aí!
Pois bem... corta para muitos e muitos anos após a história relatada acima, em meados de Novembro de 2019, em um encontro inusitado com Felipe e Karen (meu primo e sua esposa) em São Paulo, mais precisamente na casa do Leandro/Illen (irmão e cunhada).
Naquele dia, em meio a uma conversa descontraída, me convidei para ir ao aniversário da Karen - ainda sequer agendado - que ocorreria em Fevereiro de 2020. Para a surpresa geral de 1 pessoa (a Karen), eu comprei a minha passagem para Uberlândia ali mesmo, em meio à conversa, e joguei a responsabilidade pra ela: "quero participar de um festão". Que viagem seria aquela! Festa em Minas Gerais. NÚ! Eu chegaria apenas dali 3 meses, na sexta-feira, 14/Fevereiro, mas já tinha um pedido: "do aeroporto para um barzinho hein Felipe?" E assim foi! Cheguei no final daquela sexta feira, e fomos diretos para o Zenaide, onde poucas horas depois, eu conheceria o amor da minha vida.
Flávia Santos adentrou ao recinto por volta das 20h, vindo direto do trabalho. ("Nossa... que mulher comprometida com o trabalho, ambiciosa!" - pensei). Pediu para o Felipe guardar seus pertences de trabalho no carro e seguiu as instruções da amiga (Karen): "senta ali amiga, não tem ninguém naquela cadeira", e não por acaso, era a cadeira vazia ao meu lado.
— "Boa noite"
— "Boa noite" - ela respondeu.
Ofereci cerveja (bebíamos - não riam - Cacildis naquele momento), e ela aceitou. (ponto! rs)
E o diálogo raso meio que parou por ali. Um silêncio sepulcral tomou conta; Como assim, EU, sem graça? Segundos pareciam horas, e eu só pensava comigo mesmo: "animal... você TEM que falar alguma coisa; QUALQUER coisa!". Eu não sou Hitch o conselheiro amoroso, mas acreditem: não falar NADA é muito pior do que falar uma besteira qualquer, manja? Literalmente, qualquer coisa serve! E em um momento de desespero, perguntei (e juro que eu de fato queria saber):
— "E aí... o que você faz da vida?"
A resposta 'sem pensar': — "Sucesso!"
Rimos muito.
Nos casamos dia 20/Junho/2025.
Segundo ela:
Também preciso contextualizar vocês! Depois do nosso primeiro encontro, naquele final de semana do aniversário da Karen - em que nada rolou, diga-se de passagem (ele não comentou isso né? rs), seguimos conversando durante os dias subsequentes. Em uma dessas conversas, ele tentava em convencer a visitá-lo em São Paulo e dentre os muitos argumentos usados, um foi: "eu estarei esperando você com duas heinekens geladinhas lá no aeroporto". Agora... dá uma segurada aí!
Voltemos ao início de 2020! Em um bate papo com a minha amiga Karen, a senti apreensiva com o seu aniversário. "É que o primo do Felipe vem aí"; e muito se falava desse primo, carinhosamente apelidado pela família de Juninho. Um pouco farta de tanto se falar, pedi para ver uma foto dele. Ora pois... e não é que o menino (um jovem senhor na verdade!) tinha lá seus encantos? Gostei do que vi.
Mas foi só no dia 14 que o conheci/vi pela primeira vez.
Sentei ao lado dele no que era ainda um 'pré aniversário' da Karen, na sexta feira, pós trabalho. Definitivamente não era um dos meus melhores dias, mas não perderia a oportunidade de conhecê-lo melhor, além de uma fotografia de instagram.
Ao ser perguntada, o que fazia da vida, respondi sem pestanejar: "Sucesso".
A brincadeira rendeu mais risadas do que eu previa e só mais tarde eu entenderia o porquê!
Juninho foi até que bem na lábia, mas ficou perplexo por estarmos em um bar em Minas Gerais que era - e eu tenho vergonha disso - proibido dançar! rs... Bem... conversamos a noite toda, e ele tentou algumas investidas nessa noite. Coitado. Em vão.
No dia seguinte, nos encontramos novamente, agora no aniversário da Karen; ali ele mostrou seus dons de dança. Um galanteador na verdade. Mais algumas investidas que - para a tristeza dele - não deram em nada.
Por fim, ainda nos encontramos na casa da Karen e do Felipe no domingo, dei carona para ele até o aeroporto e... apesar de mais uma investida, ele foi embora sem nenhuma das 'emoções' que achou que encontraria em Uberlândia! rsrs (Estou certa de que as minhas leitoras concordam com o que fiz, certo meninas?)
Foi apenas uma semana depois, e muitas, muitas horas de conversa que aceitei o convite para visitá-lo em São Paulo. Para muitos - se não todos - os meus amigos de Uberlândia era uma loucura! "Você vai acordar em uma banheira de gelo em São Paulo, com um celular do lado"! Ai gente... até parece! (Sim, confesso que estava com medo) Mas fui.
Viagem tranquila, um por do sol digno de filmes em São Paulo. (Devidamente retratados devo adicionar)
Mas foi ao caminhar pela saída do aeroporto, que ainda lá de dentro, o avistei todo arrumado, de camiseta preta de mangas longas, lindo e segurando as duas heinekens geladinhas pra nós!
Foi nosso primeiro beijo!
Nos casamos dia 20/Junho/2025.